segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A DOENÇA COMO GRITO DA ALMA



A DOENÇA COMO GRITO DA ALMA
por JUSSARA MARIANI -

"O melhor remédio para o homem é o homem".Paracelso.


Durante muito tempo em minha vida procurei estudar e entender porque ficamos doentes. Acredito que toda e qualquer doença possui um significado. As doenças, geralmente, são construídas com base em maus pensamentos, crenças negativas, mágoas, medos ou raiva.


Teoricamente, cada padrão de pensamento negativo está associado a uma determinada doença. Apenas para citar, poderíamos dizer que a mágoa atinge o pulmão que é o órgão do sentimento. Isso explica porque tantas pessoas tristes e magoadas respiram fundo com um suspiro de tristeza. Tal sentimento poderia trazer, à pessoa, gripes constantes e doenças do pulmão, como a pneumonia. Pessoas com raiva profunda podem ficar doentes do fígado gerando constantes dores de cabeça. Se a raiva for profunda e o fígado ficar muito doente a doença poderá ser irreversível.


Mas não podemos generalizar e colocar aqui uma “receita de bolo”, onde você olha a doença e o padrão de comportamento ou vice-versa. Em minhas consultas, procuro sempre tentar entender porque aquela doença se alojou ali. Pequenas palavras nos dizem o que o coração quer dizer. É preciso estar atento e ouvir até o que não foi dito. A partir do momento que se conhece o porquê da doença, ela é combatida com maior eficácia. Quando um mal se instala em nós, podemos começar perguntando a nós mesmos “hei, o que está acontecendo?”


Sem dúvida, a doença é o grito de uma alma doente. O que fazemos conosco através de crenças que nos foram incutidas desde a infância ou que já trouxemos de outras existências? Nada é feito sem nossa permissão e tudo o que aceitamos de ruim volta-se contra nós. O fato é que um corpo doente é um corpo inteiro e não simplesmente a parte onde se alojou o problema. O que deveria ser feito pela classe médica seria tratar o doente como um todo, investigar porque aquilo aconteceu e trabalhar suas emoções.


Nossos padrões de pensamento não só geram doenças como modificam as formas de nosso corpo. Um nariz empinado pode mostrar uma pessoa arrogante. Costas curvadas podem mostrar uma pessoa que carrega nas costas um mundo de responsabilidades, culpas e dores. Uma pessoa com a mandíbula para frente pode denotar alguém muito obstinado. Padrões de pensamento negativo não só nos trazem doenças como também nos paralisam, nos impedem de evoluir, de acreditar em nosso potencial como seres humanos. Nos impedem de arrumar aquele almejado emprego por acreditarmos que não somos bons o bastante. Nos impedem de termos uma vida feliz a dois por acreditarmos que não somos capazes.


Mas se você estiver num equilíbrio mente, corpo, espírito (dizemos que o "chi" – energia vital - está fluindo) nada o atingirá. Isso explica o fato de certas pessoas nunca ficarem gripadas quando várias à sua volta estão com gripe, ou talvez uma pessoa que tenha histórico de problemas cardíacos na família nunca ter tido problemas do coração.


Quando você se conscientiza da origem do problema, deve trabalhar internamente para fazer desaparecer a doença. Mas como podemos fazer desaparecer um sintoma e até uma doença?


Um caminho para se chegar ao mundo interior seria através de meditações e relaxamento. Saber reconhecer seus erros, seus defeitos e de onde eles vêm. Fazer uma limpeza interna, varrer seu templo que é a sua casa. Varrer sentimentos de mágoa, perdoar do fundo do coração todos aqueles que você julga terem-no prejudicado. Fazer por você primeiro, antes de fazer aos outros. Tudo isso é sempre muito difícil de lidar, pois muitas pessoas, na educação judaico-cristã aprendem, a pensar primeiro nos outros e depois em si, ensinam que as coisas devem ser conseguidas com sacrifício, que se deve obedecer a pai e mãe mesmo que você esteja certa. Mas, se sozinho você não for capaz de resolver tudo isso, talvez seja necessário passar pela psicoterapia ou terapia de vidas passadas.

Para mim, a maior terapia de todas, a que me fez redescobrir meu valor como mulher, como pessoa e meu lugar no mundo foi a Dança do Ventre. Além da atividade física essa Dança trabalha todos os chakras, do básico ao chakra da coroa, pois mexemos o corpo todo em movimentos sinuosos, tremidos, entre, braços, pernas, pés, quadris, cabeça, mãos, olhar e por isso tudo fica em perfeita harmonia. Certa vez desenvolvi um workshop: "A Harmonização dos Chakras através da Dança", onde demonstrei como a dança é capaz de nos harmonizar e nos tornar mais felizes. Tudo tem que ser sincronizado, aprendemos a prestar atenção em nosso corpo a escutar nossa alma a lidar com nossas frustrações e aprendemos o ato da perseverança. Tudo isso a Dança do Ventre fez comigo em meados de 2001. Me tirou do fundo de mim mesma e me trouxe para a vida. E assim vi acontecer com algumas mulheres com quem tive o prazer de ensinar.

Mas antes de tudo é importante ser humilde. Humilde o bastante para reconhecer que muitas vezes ficamos doentes por fuga ou carência. Todos os procedimentos exteriores não vão resolver se a pessoa não tiver a força da mudança. Para se chegar a uma totalidade na cura e prevenção de males, é preciso ser humilde, perdoar, mudar, mas antes de tudo, é preciso querer.

DANÇA DO VENTRE TERAPÊUTICA




Um comentário:

Katia Abreu Farah "Dança, Paixão e Arte" disse...

parabéns pelo artigo, vou publicar tb um texto aki sobre padrões mentais e vibratórios e quero q vc veja, ajudou-me muito nesta fase de Pandemias... beijos e muita paz e luz p tí!

Farah