quarta-feira, 3 de março de 2010

O PODER DA VALIDAÇÃO


Recebi certa vez este texto de minha amada mestra Lulu Sabongi e estou encaminhando a vocês a título de pararmos para pensar o quanto nos preocupamos com a opinião do outro e se isso realmente importa.

Beijos e Boa semana

Jussara

O Poder da Validação - Stefhen Kanitz
Todo mundo é inseguro, sem exceção. Os super-confiantes simplesmente disfarçam melhor. Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho. Afinal, ninguém é de ferro. Paulo Autran tremia nas bases nos primeiros minutos de cada apresentação, mesmo que a peça já tinha sido encenada 500 vezes. Só depois da primeira risada, da primeira reação do público, é que o ator se relaxava e partia tranqüilo para o resto do espetáculo.
Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada novo artigo que escrevo, e corro desesperado para ver os primeiros e-mails que chegam. Insegurança é o problema humano número 1.
O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros. Trabalharíamos menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir esta insegurança?
Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle.
Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera. Segurança depende de um processo que chamo de "validação", embora para os estatísticos o significado seja outro.
Validação estatística significa certificar-se de que um dado ou informação é verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos. Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.
odos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja. O autoconhecimento, tão decantado por filósofos, não resolve o problema. Ninguém pode autovalidar-se, por definição. Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como alguém.
Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: "Você tem significado para mim". Validar é o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: "Gosto de você pelo que você é". Quem cunhou a frase "Por trás de um grande homem existe uma grande mulher" (e vice-versa) provavelmente estava pensando nesse poder de validação que só uma companheira amorosa e presente no dia-a-dia poderá dar.
Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para você validar todo mundo. Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não temos tempo para sair validando os outros.
Estamos tão preocupados em mostrar que somos o "máximo", que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o "máximo" são eles. Puxamos o saco de quem não gostamos, esquecemos de validar aqueles que admiramos. Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o ter e não o ser. Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se, ou dominar os outros em busca de poder.
Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem.
Mas, justamente graças à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos. Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia. Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um "valeu, cara, valeu". Você já validou alguém hoje? Então comece já, por mais inseguro que você esteja.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A DOENÇA COMO GRITO DA ALMA



A DOENÇA COMO GRITO DA ALMA
por JUSSARA MARIANI -

"O melhor remédio para o homem é o homem".Paracelso.


Durante muito tempo em minha vida procurei estudar e entender porque ficamos doentes. Acredito que toda e qualquer doença possui um significado. As doenças, geralmente, são construídas com base em maus pensamentos, crenças negativas, mágoas, medos ou raiva.


Teoricamente, cada padrão de pensamento negativo está associado a uma determinada doença. Apenas para citar, poderíamos dizer que a mágoa atinge o pulmão que é o órgão do sentimento. Isso explica porque tantas pessoas tristes e magoadas respiram fundo com um suspiro de tristeza. Tal sentimento poderia trazer, à pessoa, gripes constantes e doenças do pulmão, como a pneumonia. Pessoas com raiva profunda podem ficar doentes do fígado gerando constantes dores de cabeça. Se a raiva for profunda e o fígado ficar muito doente a doença poderá ser irreversível.


Mas não podemos generalizar e colocar aqui uma “receita de bolo”, onde você olha a doença e o padrão de comportamento ou vice-versa. Em minhas consultas, procuro sempre tentar entender porque aquela doença se alojou ali. Pequenas palavras nos dizem o que o coração quer dizer. É preciso estar atento e ouvir até o que não foi dito. A partir do momento que se conhece o porquê da doença, ela é combatida com maior eficácia. Quando um mal se instala em nós, podemos começar perguntando a nós mesmos “hei, o que está acontecendo?”


Sem dúvida, a doença é o grito de uma alma doente. O que fazemos conosco através de crenças que nos foram incutidas desde a infância ou que já trouxemos de outras existências? Nada é feito sem nossa permissão e tudo o que aceitamos de ruim volta-se contra nós. O fato é que um corpo doente é um corpo inteiro e não simplesmente a parte onde se alojou o problema. O que deveria ser feito pela classe médica seria tratar o doente como um todo, investigar porque aquilo aconteceu e trabalhar suas emoções.


Nossos padrões de pensamento não só geram doenças como modificam as formas de nosso corpo. Um nariz empinado pode mostrar uma pessoa arrogante. Costas curvadas podem mostrar uma pessoa que carrega nas costas um mundo de responsabilidades, culpas e dores. Uma pessoa com a mandíbula para frente pode denotar alguém muito obstinado. Padrões de pensamento negativo não só nos trazem doenças como também nos paralisam, nos impedem de evoluir, de acreditar em nosso potencial como seres humanos. Nos impedem de arrumar aquele almejado emprego por acreditarmos que não somos bons o bastante. Nos impedem de termos uma vida feliz a dois por acreditarmos que não somos capazes.


Mas se você estiver num equilíbrio mente, corpo, espírito (dizemos que o "chi" – energia vital - está fluindo) nada o atingirá. Isso explica o fato de certas pessoas nunca ficarem gripadas quando várias à sua volta estão com gripe, ou talvez uma pessoa que tenha histórico de problemas cardíacos na família nunca ter tido problemas do coração.


Quando você se conscientiza da origem do problema, deve trabalhar internamente para fazer desaparecer a doença. Mas como podemos fazer desaparecer um sintoma e até uma doença?


Um caminho para se chegar ao mundo interior seria através de meditações e relaxamento. Saber reconhecer seus erros, seus defeitos e de onde eles vêm. Fazer uma limpeza interna, varrer seu templo que é a sua casa. Varrer sentimentos de mágoa, perdoar do fundo do coração todos aqueles que você julga terem-no prejudicado. Fazer por você primeiro, antes de fazer aos outros. Tudo isso é sempre muito difícil de lidar, pois muitas pessoas, na educação judaico-cristã aprendem, a pensar primeiro nos outros e depois em si, ensinam que as coisas devem ser conseguidas com sacrifício, que se deve obedecer a pai e mãe mesmo que você esteja certa. Mas, se sozinho você não for capaz de resolver tudo isso, talvez seja necessário passar pela psicoterapia ou terapia de vidas passadas.

Para mim, a maior terapia de todas, a que me fez redescobrir meu valor como mulher, como pessoa e meu lugar no mundo foi a Dança do Ventre. Além da atividade física essa Dança trabalha todos os chakras, do básico ao chakra da coroa, pois mexemos o corpo todo em movimentos sinuosos, tremidos, entre, braços, pernas, pés, quadris, cabeça, mãos, olhar e por isso tudo fica em perfeita harmonia. Certa vez desenvolvi um workshop: "A Harmonização dos Chakras através da Dança", onde demonstrei como a dança é capaz de nos harmonizar e nos tornar mais felizes. Tudo tem que ser sincronizado, aprendemos a prestar atenção em nosso corpo a escutar nossa alma a lidar com nossas frustrações e aprendemos o ato da perseverança. Tudo isso a Dança do Ventre fez comigo em meados de 2001. Me tirou do fundo de mim mesma e me trouxe para a vida. E assim vi acontecer com algumas mulheres com quem tive o prazer de ensinar.

Mas antes de tudo é importante ser humilde. Humilde o bastante para reconhecer que muitas vezes ficamos doentes por fuga ou carência. Todos os procedimentos exteriores não vão resolver se a pessoa não tiver a força da mudança. Para se chegar a uma totalidade na cura e prevenção de males, é preciso ser humilde, perdoar, mudar, mas antes de tudo, é preciso querer.

DANÇA DO VENTRE TERAPÊUTICA




quinta-feira, 4 de junho de 2009

BIJOUTERIAS E ACESSÓRIOS



Bijouterias e Acessórios para Dança do Ventre

Estarei com stand no E-Ventre !!!!!!!!! Dia 07/06/09 a partir das 10:00

Local: Associação Aichi do Brasil - R. Sta Luzia, 74 - Liberdade

-Colares

-Pulseiras

-Bindis

-Peças em strass

-Peças em Prata

-Adornos para cabelo

-Tornozeleiras

-Lenços para Quadril e Pescoço

Samirah Dança do Ventre

Aulas e vendas de bijous

juzinhamariani@hotmail.com

http://www.arabicstar.weebly.com

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A TÉCNICA NA DANÇA E O PROCESSO CRIATIVO

Desde que se tem notícias sobre a dança em diferentes civilizações, ela era, até certa época uma prática livre como expressão de sentimentos ou como rituais. Para cada ocasião, existiam diferentes danças. Aos poucos a dança foi perdendo seu sentido sagrado para se tornar algo de mero divertimento. A Dança começa a sofrer várias transformações de acordo os tempos.Foi a partir dos anos 400 que começam a aparecer as primeiras técnicas em dança a partir da consciência de uma melhor exploração dos movimentos.

Mas afinal o que é técnica? Técnica é a maneira de executar os movimentos organizando-os afim de obter um determinado resultado. A partir daí facilitando a expressão corporal e os desenvolvimentos coreográficos.

Mas a Técnica é realmente necessária? Ela é necessária pois ensina o corpo a a executar os movimentos de maneira correta sem machucar articulações e músculos. É através da prática da técnica que os movimentos se tornam mais soltos e naturais. A partir do surgimento da técnica passou-se a uma maior necessidade do estudo constante e do aprimoramento cada vez maior dos movimentos.

A técnica tem o objetivo de facilitar o desenvolvimento da dança, mas a expressão do sentimento é o ponto que leva o bailarino à fluidez de sua apresentação. Conforme Martha Graham: ...a técnica é o que permite ao corpo chegar a sua plena expressividade.

Através do surgimento da Técnica passou-se à necessidade do surgimento do orientador, que é aquele que tem a responsabilidade de passar seus conhecimentos respeitando o corpo, as dificuldades e limitações de cada um, mas sempre estimulando-os a não imitar tais movimentos mecanicamente mas sempre seguindo os estímulos vindos de seu próprio coração.

A Dança sob qualquer aspecto, deve sempre ser entendida como uma forma de crescimento interior, de conhecimento e aprendizado. Além do aprendizado técnico prático, existe a necessidade da atualização teórica e, para isso existem várias opções onde o aluno pode se apoiar, sempre com a orientação de seu professor ou por pesquisa de interesse próprio.

O aprendizado prático exige esforço e tempo. É necessário a atualização constante em aulas, workshops, estudos de vídeos, entrevistas com profissionais da área sobre a rotina de uma bailarina. É impotante estudar com diferentes coreógrafos, estudar diferentes técnicas afim de construir seu estilo próprio e evitar seguir padrões pré-estabelecidos. A técnica, passa então, a fazer parte do seu modo de ser e como diz Klauss Vianna: “Eu não danço, eu sou a dança”.

E ainda em outra citação de minha mestra Lulu Sabongi: “A técnica não deve jamais superar o processo criativo.

terça-feira, 5 de maio de 2009

MEU SITE


VISITE MEU SITE TOTALMENTE ATUALIZADO

terça-feira, 24 de março de 2009

DEUSA LAKSHMI

"Om Shrim Maha Lakshimiey Namaha"
"Eu Saúdo a Deusa da Beleza, do Amor, e da Prosperidade"

Laksmí,o poder de Visnu, é a Deusa da Fortuna, Beleza, e Prosperidade. Ela tem um loto na mão como a flor do conhecimento. Ela é a incorporação de tudo que é desejável.

Ensinando:

MahaLaksmi
Sri Laksmi carrega o ambiente de harmonia, bem-estar, auspiciosidade, beleza e riqueza para todos que a evocam. Ela é a Divina Deusa Mãe que é compassiva e perdoa, dá boas-vindas e entende a todos.

A benevolência de Sri Laksmi atravessa os reinos divinos e relativos da existência.
Ela encoraja a que seus devotos desfrutem dos prazeres e riquezas do mundo material e a felicidade espiritual do absoluto.
A essência divina de Laksmi é simbolicamente representada pelo loto que sempre a acompanha.
Na lama da terra, as águas da criação manifesta sua vida dando poderes e produzindo vida. A terra rica sustenta a flor e oferece os ingredientes para prosperidade e riqueza no mundo orgânico, material. Ela dá a seiva da existência a todos os seres, penetra toda a vida vegetal e animal.

Os Hindus evocam a Laksmi por saúde física desejando, bem-estar, e harmonia nas suas casas.

RITUAL PARA A FELICIDADE

O que é a felicidade? Todos nós a desejamos, porém sabemos o que nos tornaria felizes? Par muitos de nós é o amor, porém não para todos. Para alguns é ter o dinheiro suficiente para desfazer-se das preocupações financeiras. Outros estão satisfeitos, mas faltam-lhes tempo para se dedicarem á certos interesses. De maneira que, antes de implorar a Lakshmi pela felicidade, tome um pouco de seu tempo para decidir o que é que o faria feliz.
Quando estiver pronto (a) para realizar o ritual, vista-se com uma roupa dourada, a cor de Lakshmi. Se não tiver roupa dessa cor, pelo menos use algum adorno, ou envolva-se em um papel dourado. Se for possível, use sapatos e cintos dourados e use muitas jóias de ouro. Acenda uma vela dourada e coloque-a se possível em um candelabro que deve ser de bronze ou algum metal dourado.

Agora invoque a Deusa:

-"Lakshmi, tu que conferes a felicidade à vontade, faz com que tua felicidade se derrame sobre mim".
Deixe a vela se consumir até o fim ou a maior quantidade de tempo possível. Repita esse ritual à tarde durante um mês, para atrair a atenção de Lakhsmi sobre você.
-*-

RITUAL DE PROTEÇÃO

Acenda quantas velas douradas forem possíveis em torno do círculo. Toque uma música indiana para criar um clima. Se possuir uma imagem de Lakshmi, ponha-a em seu altar. Acenda incenso de lótus.
Junte as mãos em oração e curve-se, tocando a testa com a ponta de seus dedos. Diga:
OM (longo mantra)
Deusa Eterna, Tríplice Mãe
Deus dançarino de poder e força,
Abençoe-me com sua presença.
Preencha-me com sabedoria, magia e luz.

Ouça a música por alguns minutos para entrar no ritmo. Diga:

Contemple os pés dançantes de Lakshmi enquanto dança para seu consorte.
Lakshmi, Deusa da sorte, amor e prosperidade,
Eu a saúdo com alegria e esperança.
Dance, Lakshmi, Dance!
Seus pés ágeis trazem sorte à minha vida.
Suas mãos manifestam a prosperidade para mim.
Honra à Deusa! Amor à Deusa!

Tomando cuidado com as velas acesas, dance prazerosamente pela área ritual. Quando a energia estiver suficientemente elevada (é possível senti-la), volte para o altar e junte as mãos, Curve-se e diga:

Com alegria e esperança, meu coração recebe Lakshmi.
Entre Lakhmi, Senhora da boa sorte e da prosperidade.

Lance um beijo à Deusa e dance lentamente em torno da sala mais uma vez, desta vez apagando cada vela à medida que passa por elas. Diga:

Deusa dançante das luzes,
A Sorte banha seu filho.
Levante o véu das noites depressivas,
E abençoe-me, suave Deusa.
Tesouros do fundo da Terra,
Pedras preciosas e belos metais,
Riqueza infindável, prosperidade,
Para que eu satisfaça os desejos
Da minha mente e corpo.
Grande Lakshmi,
Ilumine meu futuro.
Suavize meu destino.

CONECTANDO-SE COM LAKSHMI

Numa quinta feira de Lua Crescente pegue uma moeda dourada e respingue algumas gotas de óleo de lótus. Peça a Lakshmi que a moeda seja consagrada para lhe trazer riquezas e prosperidade. Diga o seguinte encanto:
"Lakshmi, Senhora da riqueza e do amor,
Abençoe esta moeda.
Que a prosperidade esteja comigo onde quer que eu vá,
Trazendo as realizações na hora correta."

Guarde a moeda em um saquinho de veludo vermelho e carregue-o sempre com você.
-*-
PARA ALCANÇAR A PROSPERIDADE
Om Sreem Kareem Aum Kubera LakshmiKamala Daveenyai Dhanakashinyai Sowaha
O mantra deve ser recitado 108 vezes e depois a riqueza e prosperidade estarão presentes em nossas vidas.

Texto pesquisado e desenvolvido por
ROSANE VOLPATTO
Bibliografia:
El Libro de las Diosas - Roni Jay
Livro Mágico da Lua - D. J. Conway
Todas as Deusas do Mundo - Claudiney Prieto
La Diosa - Shahrukh Husain

sexta-feira, 13 de março de 2009

O PODER DAS GRANDES BAILARINAS






Algumas pessoas dizem viver em tempos difíceis. Eu me sinto privilegiada de viver em tempos de globalização. Graças a modernidade, posso estudar muito e fazer pequisas. É cada vez mais acessível o material de que necessitamos para desfrutar de nossos conhecimentos. É só clicar o que se quer e lá está, muitos vezes por um caminho ou por outro, a sua pesquisa cai na sua mão, bem na frente dos seus olhos, e sem sair da cadeira.

Tempos difíceis? Já pensou como eram para as antigas bailarinas em tempos que não existia TV, rádio, avião, carro e nem se sonhava em computador? Muitas dessas bailarinas maravilhosas nasciam com a dança no sangue e depois houve uma sucessão de alunas umas das outras que se tornaram grandes nomes da dança. Com os adventos do século XX, onde os meios de comunicação e locomoção foram se ampliando, essas bailarinas foram espalhando sua dança por aqui e por ali, até chegar Samia Gamal em meados da década de 20 e levar a dança para Europa e Hollywood. Aí sim, começamos a ser felizes. Imagino que a partir daí, outras adeptas foram surgindo ao redor do mundo. Aliado a isso, com os adventos das guerras e invasões a dança foi se espalhando e sofrendo influências de outros povos.

Até bem pouco tempo em meus estudos, tive o conhecimento de que a primeira bailarina de que se tinha notícia seria a bailarina Badia Massabni. Era libanesa e modou-se para o Egito no início do século XX alguns anos mais tarde, no Cairo, abriu a primeira casa de shows do Egito chamada "The Opera Cassino" .
Mas recentemente obtive o conhecimento de duas outras bailarinas mais antigas ainda que Badia. Uma delas foi Shooq. Shooq atingiu o ápice de sua carreira em 1871 e depois dela muitas outras seguiram seus passos. Sua discípula direta foi Shafiqa Al-Qibtiyya, ou Shafiqa La Copta, que nasceu no Cairo em 1851. Suas primeiras apresentações foram em festivais folclóricos. Foi a primeira a dançar com o candelabro e abrir um espacate ao mesmo tempo. Shafiqa ganhou muito dinheiro mas também perdeu muito principalmente depois de tornar-se dependente de cocaína. Faleceu em 1926.
Depois dela então temos Badia Massabni, já mencionada acima. Anterior a elas pode-se encontrar notícias através das pinturas orientalistas, que retratam os costumes de um povo. Mulheres sofridas, escravas, dançarinas com seios a mostra e suas roupas transparentes, que pode ter sido um dos prinsipais fatores para se inciar o preconceito na dança, pois ao chegarem essas pinturas nas mãos dos ocidentais, já se tinha uma visão deturpada do que era a dança.
Muitas coisas aconteceram até essa dança chegar aos nossos dias. O interessante é ver o que cada uma contribuiu para que ela sobrevivesse. Cabe a nós, agora, que vivemos nosso tempo com as facilidades que ele nos permite, perpetua-la da melhor forma possível, combatendo os abusos e a vulgarização que alguns ainda insitem em propagar.
A precursora da dança do ventre no Brasil, a bailarina Shahrazad Shahid Sharkey, é uma das que mais luta pela não vulgarização da dança, sendo contra a oferta de dinheiro às bailarinas.
Amigas, o mais importante é valorizar nosso tempo e fazer dele o instrumento da boa divulgação da nossa profissão.
Grande beijo